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Equinodermos

 

Echinodermata

As estrelas – não as celestes – fazem parte desse enxuto táxon. A filo, representada pela bela estrela-estrela-do-mar, apesar da aparência primitiva, é o mais semelhante aos cordados de todos e sucessora dos artrópodes na evolução.  Seu nome, de origem grega, faz menção a pele espinhosa. A gigante maioria das espécies ocupa o ambiente marinho e é bentônica (estão associados ao substrato). Além disso, a maior parte das espécies conhecidas (~13000), está no registro fóssil, somente cerca de 7000 ainda vivem.

São animais triblásticos, apresentam três folhetos embrionários;

deuterostômios, o ânus aparece antes da boca, oriundo do blastóporo;

celomados, o celoma tem origem intestinal e se reposiciona no espaço entre ecto e endoderme;

que apresentam simetria radial e

endoesqueleto de origem mesodérmica.

Simetria

Esses animais, subvertendo um padrão de simetria presente em uma série de filos anteriores(bilatéria), apresentam simetria radial pentâmera. A simetria radial só era presente nas formas mais primitivas de animais, os cnidários e poríferos e está relacionada com um aspecto séssil; as equinodermas, porém, combinam a simetria que remete a permitividade com movimento. Ademais, na realidade, a bilateralidade é presente na formação do embrião e nos estágios larvais apresentados por algumas espécies, mas eles sofrem metamorfose.

Disponível em: http://zoologiajmv-hilda.blogspot.com/2011/03/unidad-vmodelos-de-organizacion-de-los.html

Superfície do corpo

O característico esqueleto, repleto de espinhos, é coberto por uma epiderme, sendo classificado como endoesqueleto. Sua origem é mesodérmica e ele é feito por uma matriz proteica impregnada de cristais de carbonato de cálcio. Ele é constituído por placas que variam em tamanho e posição: algumas espécies possuem uma série de placas separadas, outras apresentam as placas achatadas soldadas, formando uma placa única rígida e outros ainda apresentam uma rede de colágeno com uma série de pequeníssimos ossículos dispersos. Além dos espinhos, o esqueleto pode desenvolver uma série de protuberâncias, dentre as quais se destaca uma bastante peculiar: as pedicelárias. Estas são diminutas estruturas móveis que se distribuem na superfície de vários equinodermos. Dotadas de pequenas pinças, elas removem detritos e pequenos animais que se aderem ao corpo do indivíduo.

Disponível em: http://segundoanobiologia.blogspot.com/2013/10/equinodermos.html

Além dos espinhos e pediceláreas, se apresentam os pés ambulacrais, estruturas finas e flexíveis, dotadas de uma ventosa, extremamente importantes que fazem parte do sistema hidrovascular e são essenciais para a movimentação e ainda auxiliam na captura do alimento.

Disponível em: http://titiliaedemonao.blogspot.com/p/equinodermos.html

 Os ouriços do mar, encontrados em praias, apresentam dez zonas bem aparentes. São as zonas ambulacrais, mais estreitas e que apresentam os pés ambulacrais, alternadas com as zonas interambulacrais, que não os possuem. No centro do ouriço do mar, em sua face aboral - oposta àquela que é oral e voltada ao substrato -, há uma placa esquelética central onde se localiza o ânus do animal, além disso, em sua volta, se apresentam cinco placas com um poro genitais cada; uma delas, repleta de perfurações, é o madreporito.

Disponível em: https://www.educabras.com/ensino_medio/materia/biologia/reino_animal/aulas/equinodermos

Sistema hidrovascular

O sistema hidrovascular (ou aquífero) exerce uma série de funções importantes e esta presente, exclusivamente, nos equinodermos. Composto por ampolas internas e pelos previamente citados pés ambulacrais, atua na locomoção, respiração, captura de alimentos e percepção do ambiente. Ele é preenchido pela água marinha ( por isso, o nome). A água entra no sistema pelos poros do madreporito, localizado na região central da porção aboral do corpo do animal, do lado do ânus. Os poros da placa convergem no canal madrepórico, que se liga ao canal circular(circundando o tubo digestório); deste, por sua vez, partem cinco expansões em forma de bolsa( vesículas de poli) cinco canais radiais, que estão conectados á muitíssimos pés ambulacrais.
 Os pés estão conectados a ampolas. E essas se contraem, de maneira a projeta-los mais ao exterior do corpo e contrair a musculatura de sucção, fixando o pé ao substrato;  e relaxam, para retrair a estrutura do pé e relaxar a musculatura de sucção.
O sistema digestório apresentado é completo, com boca, intestino e âjus(que, ás vezes, é reduzido ou não está presente). Em algumas espécies, o intestino é evertido para digerir a presa(ex: ostras), libera enzimas e as digere, em outras, o animal se nutre com matéria orgânica ou pequenos seres vivos no substrato. A digestão é extracelular. Feita a digestão, os nutrientes são absorvidos pelas células do tubo digestivo e depois passam para o fluido da cavidade celômica, onde são distribuídos sem o auxílio de qualquer sistema circulatório.

Respiração

A respiração é extremamente diversa. Em alguns ouriços-do-mar acontece por brânquias situadas na parte externa do corpo. O sistema ambulacral também pode participar desse processo, realizando as trocas gasosas entre o líquido presente nos pés ambulacrais e a água marinha. Nas estrelas-do-mar, por outro lado, estão presentes uma série de expansões da epiderme denominadas de papilas eespiratórias, entre os espinhos. Nas holotúrias, ainda, há um conjunto de ramificados tubos internos responsáveis, não só pela respiração, mas também pela excreção, denominados árvore respiratória.

Reprodução

Esses seres são organismos dioicos, cuja reprodução é externa e indireta. As gônadas masculinas e femininas, localizadas na cavidade celômica, se abrem ao exterior através de poros genitais. O número de gônadas varia. Os gametas produzidos são, então, liberados na água marinha, onde ocorre a fecundação. Após o desenvolvimento do embrião, o desenvolvimento é indireto: há uma ou mais formas larvais.  Os ouriços-do-mar, por exemplo, apresentam uma larva de simetria bilateral denominada plúteo, enquanto as estrelas-do-mar têm dois estágios larvais.

Além disso, a reprodução pode ocorrer de forma assexuada, pelo processo de fissiparidade. Quando o organismo é dividido em sua região mediana, dado à grande capacidade regeneratória desses indivíduos, é possível reconstituir o resto do corpo. Conta-se que quando os primeiros criadores de ostras tentavam se livar de estrelas-do-mar (que atacavam as criações) e, para isso, capturavam as predadoras, quebravam às e retornavam seus pedaços ao mar, mas esse processo somente aumentava a população das predadoras, que se regeneravam a partir de seus pedaços.

Sistema nervoso e sentidos

O sistema nervoso é bastante simples, consiste em um anel nervoso, circundando a boca, do qual partem 5 nervos radiais. Também há alguns poucos órgãos sensoriais pouco desenvolvidos ao redor da boca e dos pés ambulacrais que percebem estímulos químicos e táteis

Classes

São cinco: Asteroidea, Echinoidea, Holuthuroidea, Crinoidea, Ophiuroidea.

Asteroidea

Representada pelas estrelas-do-mar, a espécie apresenta um corpo achatado com forma de estrela. Costuma ter cinco braços, mas pode apresentar até 42, à depender da espécie.  O ânus é voltado para a região aboral, a boca e os pés estão voltadas ao substrato. Podem ser predadoras, alimentando-se de uma grande variedade de animais, comer matéria orgânica em processo de decomposição ou, ainda, comer plânctons ou detritos orgânicos suspensos.

Ophiuroidea

Essa classe, representada pelas serpentes-do-mar,  têm um corpo achatado, com braços finos e bastante flexíveis, conectados por um disco central. A boca é voltada para o substrato e o ânus não está presente. Elas se locomovem pela ondulação dos braços e podem alimentar-se de crustáceos, moluscos e detritos orgânicos.

Holothuroidea

Representada pelos pepinos do mar, essa classe subverte o padrão da filo, apresentando um corpo alongado e macio, sem braços. A boca, rodeada de tentáculos, fica em uma extremidade e o ânus, na outra. Os pés ambulacrais são distribuídos em fileiras ao longo do corpo e esses indivíduos se alimentam de detritos acumulados no solo.

Crinoidea

Esses animais, representados pelos lírios-do-mar, de fato, lembram plantas. Com o corpo em forma de taça e vários braços flexíveis, alimentam-se de plâncton e partículas em suspensão captadas pelos cílio dos tentáculos em torno da boca. Tanto ela (boca), quanto o ânus estão na região oposta ao substrato. Algumas espécies vivem fixadas na rocha por um pedúnculo, outras são capazes de nadar.


Echinoidea

Esses organismos são representados pelos ouriços-do-mar e bolachas-da-praia. Seu corpo circular pode ser abaulado(ouriços) ou achatado(bolachas) e eles não possuem braços. E esses organismos formam uma carapaça derivada de uma série de placas calcárias muito bem fundidas. A boca está voltada ao substrato, ao contrário do ânus, na região superior. Se alimentam de algas e detritos orgânicos, raspando rochas.







Referências Bibliográficas:

AMABIS E MARTHO. Biologia 2 biologia dos organismos. 4 ed., Moderna, 2015.

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