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Doenças causadas por protozoários


Amebíase

      O que é?

Amebíase é uma infecção parasitária que afeta o intestino, causada pelo protozoário Entamoeba histolytica, que vive em áreas sem bom saneamento básico e tratamento de água, facilitando a contaminação dos alimentos e da água.

      Como ocorre a transmissão?

A transmissão é feita através do contato com alimentos e água contaminados, contato com a matéria fecal e relações sexuais desprotegidas.

      Quais são os sintomas?

Os sintomas da amebíase começam a aparecer de sete a dez dias de exposição ao parasita. A pessoa pode sentir cólicas abdominais, evacuação de fezes pastosas com muco e sangue ocasional, fadiga, gases em excesso, dor retal durante evacuação e perda de peso involuntária. Em casos mais graves, podem ocorrer sensibilidade abdominal, evacuação de fezes líquidas, às vezes com sangue, evacuação de dez a 20 vezes por dia, febre e vômitos.

      Como é feito o tratamento?

Somente um médico pode dizer qual o tratamento mais adequado para cada caso, mas a princípio são prescritas medicações para náusea e reconstrução da flora intestinal. Em casos mais graves, se o parasita invadir os tecidos intestinais, causar perfurações no cólon ou em tecidos peritoneais, pode haver necessidade de cirurgia.

      Como a prevenção deve ser feita?

O mínimo são condições ideais de saneamento básico, higiene e tratamento de água. Medidas necessárias a serem tomadas também são lavar bem as mãos com água e sabão após usar o banheiro e antes de manipular alimentos, lavar bem frutas e verduras antes de comê-las, evitar comer frutas ou vegetais, a menos que você lave e descasque você mesmo, beber somente água engarrafada e evitar leite, queijo e outros produtos lácteos não pasteurizados.

            
        Ciclo de vida do protozoário causador da amebíase

                
            Protozoário Entamoeba histolytica


Leishmaniose

      O que é? 

A leishmaniose é uma doença infecciosa, porém não contagiosa, transmitida pelo parasita Leishmania. Os parasitas vivem e se multiplicam no interior das células que fazem parte do sistema de defesa do indivíduo, chamadas macrófagos. Há dois tipos de leishmaniose: leishmaniose tegumentar ou cutânea e a leishmaniose visceral ou calazar. A leishmaniose tegumentar caracteriza-se por feridas na pele que se localizam com maior freqüência nas partes descobertas do corpo. Tardiamente, podem surgir feridas nas mucosas do nariz, da boca e da garganta. Essa forma de leishmaniose é conhecida como “ferida brava”. A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, pois, acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea.

      Como ocorre a transmissão?

A leishmaniose é transmitida por insetos hematófagos (que se alimentam de sangue). As fontes de infecção das leishmanioses são, principalmente, os animais silvestres e os insetos hematófagos que abrigam o parasita em seu tubo digestivo, porém, o hospedeiro também pode ser o cão doméstico. Na leishmaniose cutânea os animais silvestres que atuam como reservatórios são os roedores silvestres, tamanduás e preguiças. Na leishmaniose visceral a principal fonte de infecção é a raposa do campo.

      Quais são os sintomas?

Na leishmaniose visceral a pessoa pode sentir febre irregular, anemia, indisposição, palidez da pele e ou das mucosas, falta de apetite, perda de peso e inchaço do abdômen devido ao aumento do fígado e do baço.
Quando a pessoa tem leishmaniose cutânea, apresenta duas a três semanas após a picada pelo hematófago uma pequena pápula (elevação da pele) avermelhada que vai aumentando de tamanho até formar uma ferida recoberta por crosta ou secreção purulenta (que parece uma espinha). A doença também pode se manifestar como lesões inflamatórias nas mucosas do nariz ou da boca.

      Como é feito o tratamento?

O tratamento envolve uma medicação específica para o parasita que causa a infecção, mas geralmente é tratada por medicamentos antimoniais pentavalentes e anfotericina B.

      Como a prevenção deve ser feita?

A prevenção pode ser feita evitando construir casas e acampamentos em áreas muito próximas à mata, fazendo dedetização, evitando banhos de rio ou de igarapé, localizados perto da mata, utilizando repelentes na pele e quando estiver em matas de áreas onde há risco de doença.

         
Parasita transmissor da Leishmaniose, conhecido como mosquito-palha, tatuquira, entre outros.


       
               Ciclo de vida da Leishmaniose
Fonte: - Laboratory Identification of Parasites (Adaptado)
- ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p.2558


Referências:






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